Memórias nossas da época do Santo Amaro
Comentários variados de cada ex-aluna que colaborou com esse item.
Lucia Sant'Iago antes e depois
Lucia Sant'Iago escreveu suas memórias
Oi, Haydee
Sou a Lucia, irmã da Silvia Sant'Iago e tenho acompanhado um pouco desse recente reencontro da Silvia com as ex-alunas do Santo Amaro. Ela me repassou uma foto que voces tiraram no encontro, achei super legal e peço licenca pra 'entrar' e contribuir um pouco. Com licença também de pegar o seu endereço e sair enviando mensagem pra você.
Realmente é uma viagem no túnel do tempo olhar as fotos todas e sair remexendo no passado. A gente começa a lembrar das coisas. A sua carinha e seu jeito alegre estão exatamente iguais. Lembro até da sua voz e do seu jeito de falar. Outras que estão igualzinhas e que lembro bem são a Fernanda Vianna e a Regina Almeida. Aliás, eu era da turma da irmã dela, mais nova, a Lúcia Almeida e sempre fomos próximas. Cheguei a ir na casa delas em Petrópolis e lá conheci um dos meus namorados, Jose Andrea, amigo delas. A Lúcia era uma figura muito doce e timida. Elas moravam numa das últimas casas de Copacabana, na Cinco de Julho, se não me engano. Falei com a Silvia hoje e relembrei como 'rezávamos' na hora que deixávamos o colégio, ja dentro do ônibus. Rezávamos uma Ave Maria (acho) e aos poucos, as vozes iam aumentando e se ritmando: 'Pai, Filho, Espirito Santo, Amém. Louvado seja Jesus Cristo, para sempre seja louvado, Amém, Oh meu Jesus (abaixando a cabeca com as maos no coração)...eu vos quero muito bem. Boa tarde, Dona Terezinha. Boa tarde, Seu Armindooooooooooo !!!!' Imediatamente, se via entrando no ônibus, com os panos pretos voando, alguma freira furiosa que nos fazia rezar tudo de novo. Lembro da Madre Mary Michael, que dava aula de religião na nossa turma. Acho que até hoje tenho um caderno de religião dessa época que era 'montado' cheio de desenhos, fotos de revista e caligrafia impecável. Lembro da Madre Maria Pia que nos dava aula de Português e era bem tranqüila e falava baixinho. A Madre Maria José era uma pequenininha e dava as aulas de canto. Era meio irritada. A Madre Cecilia usava sua caixinha de óculos para fazer silêncio, abrindo e fechando, e o plec-plec nos fazia calar a boca imediatamente. Numa dessas vezes que estávamos todas enfileiradas (várias turmas, debaixo da parte coberta do patio), lembro que ela desmaiou e disseram que ela estava grávida....rs.... (havia umas histórias de que ela tinha entrado para a vida religiosa por causa de uma desilusão amorosa...) Alguém lembra desses boatos engraçados? Se não me engano, foi a Cris que lembrou da Profa. Eneida. Acho que na minha caixa de coisas do passado, ainda deve ter um desenho que fiz dessa professora que era muito figura. Ela falava: '.... voces são meus soldadinhos...' Se não me engano, de Geografia. Na turma da Silvia, Sandra Nabuco e Monica, teve uma professora, se não me engano Profa. Lais, que todas adoravam. Adoravam tanto que conseguiram seguir com ela no ano seguinte. Nao fiz grandes amizades nesta escola. Nao tínhamos um grande sobrenome, nem motorista, nem pais muito ligados com as freiras. Coisas que as freiras valorizavam muitíssimo e faziam questão de diferenciar. Pelo menos, a minha percepção era esta. Nao fazer parte desse mundo era meio difícil. Só nao era pior porque nossos pais eram ainda casados e nao eram do meio artístico. Porque estas pobres criaturas, filhas de desquitados e artistas.... deviam sofrer muito! Algumas figuras foram bem marcantes na escola e esta turma de vocês tinham muitas delas. Olhando as fotos, a gente vai lembrando. Há poucos anos atrás, encontrei a Jane que está em uma das fotos. Ela era bem branquinha, olho claro, cabelo sempre curtinho. Eu a encontrei, falei com ela porque ela estava exatamente igual. Nao mudou um tantinho. Tinha a familia das Telles, nao me lembro quantas eram, que as freiras iam contando em fila, conforme deixavam a escola. Moravam ali na 19 de fevereiro, numa casa branca bonita, que tinha um piano de cauda na sala (sera que viajei demais?) Tem uma foto na turma de 1967 que a menina nº 2 é a Ana Maria Alonso Cavanilhas (Cavanillas?). A Sandra Nabuco é filha da D. Terezinha, a irmã era Maria Claudia, da minha turma, e o irmão Carlos Augusto, o Guto. Na minha turma tinha uma menina chamada Nivea e ela tinha uma bola azul com o nome dela escrito em branco, porque era do creme Nivea. Engracado, a memória da gente... vai aos poucos, aos pedacinhos... Quanta bobagem a gente lembra... Bom, Haydée, parabéns pelo esforco e empenho em nos trazer estas lembrancas! Espero ter contribuido um pouquinho e aos poucos, se lembrar de mais alguma coisa, vou enviando. Muito obrigada e um grande abraco pra vocês todas !
Lucia Maria Sant'Iago Martins
Sou a Lucia, irmã da Silvia Sant'Iago e tenho acompanhado um pouco desse recente reencontro da Silvia com as ex-alunas do Santo Amaro. Ela me repassou uma foto que voces tiraram no encontro, achei super legal e peço licenca pra 'entrar' e contribuir um pouco. Com licença também de pegar o seu endereço e sair enviando mensagem pra você.
Realmente é uma viagem no túnel do tempo olhar as fotos todas e sair remexendo no passado. A gente começa a lembrar das coisas. A sua carinha e seu jeito alegre estão exatamente iguais. Lembro até da sua voz e do seu jeito de falar. Outras que estão igualzinhas e que lembro bem são a Fernanda Vianna e a Regina Almeida. Aliás, eu era da turma da irmã dela, mais nova, a Lúcia Almeida e sempre fomos próximas. Cheguei a ir na casa delas em Petrópolis e lá conheci um dos meus namorados, Jose Andrea, amigo delas. A Lúcia era uma figura muito doce e timida. Elas moravam numa das últimas casas de Copacabana, na Cinco de Julho, se não me engano. Falei com a Silvia hoje e relembrei como 'rezávamos' na hora que deixávamos o colégio, ja dentro do ônibus. Rezávamos uma Ave Maria (acho) e aos poucos, as vozes iam aumentando e se ritmando: 'Pai, Filho, Espirito Santo, Amém. Louvado seja Jesus Cristo, para sempre seja louvado, Amém, Oh meu Jesus (abaixando a cabeca com as maos no coração)...eu vos quero muito bem. Boa tarde, Dona Terezinha. Boa tarde, Seu Armindooooooooooo !!!!' Imediatamente, se via entrando no ônibus, com os panos pretos voando, alguma freira furiosa que nos fazia rezar tudo de novo. Lembro da Madre Mary Michael, que dava aula de religião na nossa turma. Acho que até hoje tenho um caderno de religião dessa época que era 'montado' cheio de desenhos, fotos de revista e caligrafia impecável. Lembro da Madre Maria Pia que nos dava aula de Português e era bem tranqüila e falava baixinho. A Madre Maria José era uma pequenininha e dava as aulas de canto. Era meio irritada. A Madre Cecilia usava sua caixinha de óculos para fazer silêncio, abrindo e fechando, e o plec-plec nos fazia calar a boca imediatamente. Numa dessas vezes que estávamos todas enfileiradas (várias turmas, debaixo da parte coberta do patio), lembro que ela desmaiou e disseram que ela estava grávida....rs.... (havia umas histórias de que ela tinha entrado para a vida religiosa por causa de uma desilusão amorosa...) Alguém lembra desses boatos engraçados? Se não me engano, foi a Cris que lembrou da Profa. Eneida. Acho que na minha caixa de coisas do passado, ainda deve ter um desenho que fiz dessa professora que era muito figura. Ela falava: '.... voces são meus soldadinhos...' Se não me engano, de Geografia. Na turma da Silvia, Sandra Nabuco e Monica, teve uma professora, se não me engano Profa. Lais, que todas adoravam. Adoravam tanto que conseguiram seguir com ela no ano seguinte. Nao fiz grandes amizades nesta escola. Nao tínhamos um grande sobrenome, nem motorista, nem pais muito ligados com as freiras. Coisas que as freiras valorizavam muitíssimo e faziam questão de diferenciar. Pelo menos, a minha percepção era esta. Nao fazer parte desse mundo era meio difícil. Só nao era pior porque nossos pais eram ainda casados e nao eram do meio artístico. Porque estas pobres criaturas, filhas de desquitados e artistas.... deviam sofrer muito! Algumas figuras foram bem marcantes na escola e esta turma de vocês tinham muitas delas. Olhando as fotos, a gente vai lembrando. Há poucos anos atrás, encontrei a Jane que está em uma das fotos. Ela era bem branquinha, olho claro, cabelo sempre curtinho. Eu a encontrei, falei com ela porque ela estava exatamente igual. Nao mudou um tantinho. Tinha a familia das Telles, nao me lembro quantas eram, que as freiras iam contando em fila, conforme deixavam a escola. Moravam ali na 19 de fevereiro, numa casa branca bonita, que tinha um piano de cauda na sala (sera que viajei demais?) Tem uma foto na turma de 1967 que a menina nº 2 é a Ana Maria Alonso Cavanilhas (Cavanillas?). A Sandra Nabuco é filha da D. Terezinha, a irmã era Maria Claudia, da minha turma, e o irmão Carlos Augusto, o Guto. Na minha turma tinha uma menina chamada Nivea e ela tinha uma bola azul com o nome dela escrito em branco, porque era do creme Nivea. Engracado, a memória da gente... vai aos poucos, aos pedacinhos... Quanta bobagem a gente lembra... Bom, Haydée, parabéns pelo esforco e empenho em nos trazer estas lembrancas! Espero ter contribuido um pouquinho e aos poucos, se lembrar de mais alguma coisa, vou enviando. Muito obrigada e um grande abraco pra vocês todas !
Lucia Maria Sant'Iago Martins
Lucia Sant'Iago
Regina Olga
sexta-feira, 9 de janeiro de 2009
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Verinha Almeida
Memorial da Verinha Almeida
Lembranças do CSA.
Tenho várias lembranças do Colégio. Em sua grande maioria são ruins.
D.Emília a inspetora do Colégio.
Sergio Regina – O professor de português ( Científico), Leo, Maria Lúcia, D.Denyr, Therezinha Saade, Miss Neddy, Prof. Gertrudes( minha prof. do Jardim de Infância).
O terraço enorme do Colégio. Nos dias de chuva as vezes o recreio era lá.
Quem desenhou a pulga das lembranças da Silvia foi minha irmã ( Regina Almeida).
Um dia fui amassar os papéis da lata de lixo com o pé, pois estava muito cheia.
Fiquei com o pé preso dentro da lata de lixo. A turma toda começou a rir.
Fui pra fora de sala com lata de lixo e tudo.
Mentia desesperadamente no confessionário ( dizia que roubava a borracha das amigas, que falava palavrão.... ), só porque era obrigada a confessar.
Eu falava com as madres que criança não tinha pecado, mas elas obrigavam a me confessar... aí eu mentia.
Eu nasci em 1961. Minha irmã é que era da turma de vocês (Regina Almeida), mas me lembro de todas.
Eu tive uma professora no 2° ano primário que deixava cada dia uma aluna ficar ao seu lado na mesa. Claro que as melhores alunas freqüentavam mais a mesa dela.
Eu não era boa aluna e fiquei por último, em compensação, me vinguei !
Ela usava aqueles coques anos 60. E algumas meninas ficavam mexendo no cabelo dela.
No dia que ela me chamou para ficar ao seu lado na mesa levei minha caixa de lápis de cor e um papel.
Quando ela estava bem distraída eu comecei a encher o coque dela de lápis de cor. Ela ficou parecendo um E.T. A turma caiu na gargalhada.
Quando ela descobriu foi um escândalo.
Nesse dia recebi várias punições, fiquei de cara para parede, sem recreio e um recado enorme na agenda. Mas valeu a pena sempre detestei preferências, as medalhas etc...
Vocês lembram que no dia do aniversário de qualquer aluno tínhamos que cantar parabéns bem baixinho e não podia bater palma depois.
Fingir que quebrou a perna para andar no elevador com cheiro de mofo.
Entrei na clausura, no quarto das freiras e no cemitério das mesmas. Resolvi matar aula no dia do meu aniversário para conhecer melhor o Colégio. Fiquei de castigo e as freiras não queriam me liberar para eu voltar pra casa. Minha mãe teve que intervir.
Apesar de não gostar de Freiras, aprendi a gostar da Madre Angela ( durona, mas de coração mole e comunista) e Madre Brígida (atual Irmã Therezinha).
Elas sempre reclamavam que eu era muito rebelde e que eu sempre me aproximava e protegia as "más companhias¨.
Nunca fui líder, alías sempre me revoltei com as panelinhas e sempre me recusei a participar delas.
Tive poucas amigas e muitas colegas.
Quanto às péssimas lembranças, prefiro não comentar.
Foram muitas....
Filmes : Príncipe das marés , Gandhi, Muito além da vida, Tomates verdes e fritos, Casa dos Espíritos.
Adoro as minisséries da Globo.
Texto :" Último Discurso" de Charles Chaplin.
Músicas: Call me , If, Woman, All we needs Love, Imagine.
Bjkas para todas.
Tenho várias lembranças do Colégio. Em sua grande maioria são ruins.
D.Emília a inspetora do Colégio.
Sergio Regina – O professor de português ( Científico), Leo, Maria Lúcia, D.Denyr, Therezinha Saade, Miss Neddy, Prof. Gertrudes( minha prof. do Jardim de Infância).
O terraço enorme do Colégio. Nos dias de chuva as vezes o recreio era lá.
Quem desenhou a pulga das lembranças da Silvia foi minha irmã ( Regina Almeida).
Um dia fui amassar os papéis da lata de lixo com o pé, pois estava muito cheia.
Fiquei com o pé preso dentro da lata de lixo. A turma toda começou a rir.
Fui pra fora de sala com lata de lixo e tudo.
Mentia desesperadamente no confessionário ( dizia que roubava a borracha das amigas, que falava palavrão.... ), só porque era obrigada a confessar.
Eu falava com as madres que criança não tinha pecado, mas elas obrigavam a me confessar... aí eu mentia.
Eu nasci em 1961. Minha irmã é que era da turma de vocês (Regina Almeida), mas me lembro de todas.
Eu tive uma professora no 2° ano primário que deixava cada dia uma aluna ficar ao seu lado na mesa. Claro que as melhores alunas freqüentavam mais a mesa dela.
Eu não era boa aluna e fiquei por último, em compensação, me vinguei !
Ela usava aqueles coques anos 60. E algumas meninas ficavam mexendo no cabelo dela.
No dia que ela me chamou para ficar ao seu lado na mesa levei minha caixa de lápis de cor e um papel.
Quando ela estava bem distraída eu comecei a encher o coque dela de lápis de cor. Ela ficou parecendo um E.T. A turma caiu na gargalhada.
Quando ela descobriu foi um escândalo.
Nesse dia recebi várias punições, fiquei de cara para parede, sem recreio e um recado enorme na agenda. Mas valeu a pena sempre detestei preferências, as medalhas etc...
Vocês lembram que no dia do aniversário de qualquer aluno tínhamos que cantar parabéns bem baixinho e não podia bater palma depois.
Fingir que quebrou a perna para andar no elevador com cheiro de mofo.
Entrei na clausura, no quarto das freiras e no cemitério das mesmas. Resolvi matar aula no dia do meu aniversário para conhecer melhor o Colégio. Fiquei de castigo e as freiras não queriam me liberar para eu voltar pra casa. Minha mãe teve que intervir.
Apesar de não gostar de Freiras, aprendi a gostar da Madre Angela ( durona, mas de coração mole e comunista) e Madre Brígida (atual Irmã Therezinha).
Elas sempre reclamavam que eu era muito rebelde e que eu sempre me aproximava e protegia as "más companhias¨.
Nunca fui líder, alías sempre me revoltei com as panelinhas e sempre me recusei a participar delas.
Tive poucas amigas e muitas colegas.
Quanto às péssimas lembranças, prefiro não comentar.
Foram muitas....
Filmes : Príncipe das marés , Gandhi, Muito além da vida, Tomates verdes e fritos, Casa dos Espíritos.
Adoro as minisséries da Globo.
Texto :" Último Discurso" de Charles Chaplin.
Músicas: Call me , If, Woman, All we needs Love, Imagine.
Bjkas para todas.
Maria Helena
Memórias da Maria Helena Luz Cruz
Nossa !! são muitas, mas tambem sou meia desmemoriada para certas coisas ....principalmente para nomes...
Entrei no admissão , meio traumatico , pois sempre fui timida , e naquela época com 12 anos , era pior ainda !!!! muita gente talvez até me achasse " besta " pois nunca fui de ser social facilmente ....mas isso muda com a idade e depois a gente fica sem vergonha ....depois com tempo encontrei amigas , Cris, Danuza, Isabel, estavamos sempre juntas e fazendo " aqueles " trabalhos de Historia ou seja o que for em grupo...na minha casa no Jardim Botanico ou na casa da Cris em Copacabana. No colégio me dava com todas , mas sempre tinha um grupo que faziam coisas mais juntas , é normal, jogar volei na Ed. Fisica ou no recreio, com Haydée , Lucy, etc,
Lembro muito tambem das festas ou aniversários na casa da Fernanda perto do Fluminense , fomos tb numa matiné no Caiçaras " paquerar "....13, 14 anos...
Fui com um certo grupo até o terceiro ginásio, ai levei bomba ...repeti e encontrei outra turma...mas algumas tb repetiram e continuamos mais um tempo juntas , Eliane Serejo ( fumavamos juntas no banheiro...morrendo de medo de chegar alguma freira ...) Marcia Pavan , Beatriz, Angela , etc....
Eu gostava do colégio, aprendi muito para minha vida , mas as freiras em geral não significavam muito pra mim , tinha trauma da Madre Angela, achava extremamente estupida !! uma vez me empurrou no quadro e quase cai daquele tablado de madeira....por não saber fazer o exercicio no quadro......lembrei ...gostava da Madre Helena, talvez por ser xará..eheheheh
Medalha , trauma de muitas , nunca tive , ganhei uma vez , pois meus pais ofereceram a casa de Teresópolis para o passeio anual da turma e mes seguinte ganhei....que coincidencia não ???? eheheheh
No ano que repeti a terceira serie , fui fazer intercambio nos EUA, por 6 meses, voltei no segundo semestre....1971....
1972 terminei o ginário ...finalmente.....
Entrei para o cientifico , pois gostava de biologia....sem muita explicação....
No fim deste ano me casei ...outubro 1973 ...e ai Madre Elvira ( ex Chrisóstoma ) pediu para não falar nada com ninguem quando voltasse da lua de mel....eheheheh, só que eu já estava grávida , por isso que adiantei meu casamento ...pois naquela época era um absurdo....sai no fim do ano, depois acabei fazendo artigo 99 , lembram ? para ter o segundo grau, e virei dona de casa e mãe , coisa que sempre quis.
Lembro de muitas outras coisas , mas se for pra citar tudo não saio daqui...o pão doce, o refrigerante que a gente saia correndo pra comprar , o Museu, as aulas de canto ( sempre fui desafinada ), os filmes etc etc....a roupa de gala para as missas, confessar ( era bom pois saiamos da aula ..) , cantar hino no patio...ufa ! chega...
As meninas que não citei os nomes , com certeza tb fizeram parte de varios eventos comigo , estão no fundo da memória e sempre no coração.
E para terminar , fiquei muito feliz , feliz mesmo de reencontrá-las , depois de tanto tempo e ter a chance de termos mais alguma convivencia.
Beijos em todas no fundo do coração !!
Maria Helena
Entrei no admissão , meio traumatico , pois sempre fui timida , e naquela época com 12 anos , era pior ainda !!!! muita gente talvez até me achasse " besta " pois nunca fui de ser social facilmente ....mas isso muda com a idade e depois a gente fica sem vergonha ....depois com tempo encontrei amigas , Cris, Danuza, Isabel, estavamos sempre juntas e fazendo " aqueles " trabalhos de Historia ou seja o que for em grupo...na minha casa no Jardim Botanico ou na casa da Cris em Copacabana. No colégio me dava com todas , mas sempre tinha um grupo que faziam coisas mais juntas , é normal, jogar volei na Ed. Fisica ou no recreio, com Haydée , Lucy, etc,
Lembro muito tambem das festas ou aniversários na casa da Fernanda perto do Fluminense , fomos tb numa matiné no Caiçaras " paquerar "....13, 14 anos...
Fui com um certo grupo até o terceiro ginásio, ai levei bomba ...repeti e encontrei outra turma...mas algumas tb repetiram e continuamos mais um tempo juntas , Eliane Serejo ( fumavamos juntas no banheiro...morrendo de medo de chegar alguma freira ...) Marcia Pavan , Beatriz, Angela , etc....
Eu gostava do colégio, aprendi muito para minha vida , mas as freiras em geral não significavam muito pra mim , tinha trauma da Madre Angela, achava extremamente estupida !! uma vez me empurrou no quadro e quase cai daquele tablado de madeira....por não saber fazer o exercicio no quadro......lembrei ...gostava da Madre Helena, talvez por ser xará..eheheheh
Medalha , trauma de muitas , nunca tive , ganhei uma vez , pois meus pais ofereceram a casa de Teresópolis para o passeio anual da turma e mes seguinte ganhei....que coincidencia não ???? eheheheh
No ano que repeti a terceira serie , fui fazer intercambio nos EUA, por 6 meses, voltei no segundo semestre....1971....
1972 terminei o ginário ...finalmente.....
Entrei para o cientifico , pois gostava de biologia....sem muita explicação....
No fim deste ano me casei ...outubro 1973 ...e ai Madre Elvira ( ex Chrisóstoma ) pediu para não falar nada com ninguem quando voltasse da lua de mel....eheheheh, só que eu já estava grávida , por isso que adiantei meu casamento ...pois naquela época era um absurdo....sai no fim do ano, depois acabei fazendo artigo 99 , lembram ? para ter o segundo grau, e virei dona de casa e mãe , coisa que sempre quis.
Lembro de muitas outras coisas , mas se for pra citar tudo não saio daqui...o pão doce, o refrigerante que a gente saia correndo pra comprar , o Museu, as aulas de canto ( sempre fui desafinada ), os filmes etc etc....a roupa de gala para as missas, confessar ( era bom pois saiamos da aula ..) , cantar hino no patio...ufa ! chega...
As meninas que não citei os nomes , com certeza tb fizeram parte de varios eventos comigo , estão no fundo da memória e sempre no coração.
E para terminar , fiquei muito feliz , feliz mesmo de reencontrá-las , depois de tanto tempo e ter a chance de termos mais alguma convivencia.
Beijos em todas no fundo do coração !!
Maria Helena
Lembranças da Olguinha
Oi, Belas, depois de ler todas as msgs do blog, inspirei-me...Eu ainda guardo algumas memórias do Colégio...Lembro que gostei demais das aulas do Ricardo Jardim, prof. de filosofia, que me ensinou a pensar e a começar a ler Platão e Aristóteles aos 13/14 anos! Ele era bem didático, explicava superbem. A Maria Luiza, de História de tudo (uma vez apresentei um trabalho sobre Alexandre, o Grande, me achei a máxima, pois fiz sozinha!), era muito bonita, dava aulas maravilhosas, mas era muito séria; contudo, eu a admirava muito e fiquei sua amiga, depois que saí do colégio. Foi ela que me entregou o diploma do ginásio, quando eu fui a oradora, não lembram? O Tadeu eu achava um chato, muito certinho, não gosto de homens de bigodinho...O Igor Valadares era charmoso, mas pinta de pilantra, gostava de se exibir, as meninas só faltavam morrer por ele e por Tadeu...Lembro que a Viviane, a ruivinha de sardas, bem lindinha, se apaixonou foi por um padre novinho que começou a rezar missas lá, de olhos verdes. Eu odiava aquelas penitências! Minha mãe até interferiu, foi lá dizer que eu era muito nova para tanta penitência...Meus pecados: brigas com meus irmãos e desobediência aos pais...Mas ela conseguiu diminuir meus pai-nossos e ave-marias!! A madre Cecília era a mais bonita de todas, mas depois que virou Madre Superiora cometeu o “pecado da vaidade” (rsrsrs). E a madre Crisóstoma? Se fazia de brava, mas era um amor. Não me lembro das outras professoras que vcs comentam: Geografia? Inglês? Eu gostava era de francês e recitava Chateaubriand de cor!!! Outra proeza minha...(rsrsrs). Ah, depois da madre Ângela tinha um professor de matemática que eu não suportava, nem me lembro o nome (Ernani??), caiu uma vez da escada e luxou o pé. E eu cometi o “pecado da satisfação”!!!(rsrsrs) A Maria Lídia de Matos fazia testes com a gente. Um a gente tinha que escolher entre pegar um jarro de flores que estava no caminho ou seguir adiante. Eu não o peguei e ela me felicitou por ser despojada, não ficar carregando pesos na viagem... Ela já falava em parapsicologia e eu achava aquilo bem moderno num colégio de freiras!!! E aquele pão-doce que a gente saía correndo pelas escadas para pegar a fila? Noooosssa, tenho o gosto na boca até hoje. Igual ao pão quentinho com manteiga da casa de Rachel, quando ia pra lá às tardes. Pães inesquecíveis! E aqueles uniformes horrorosos de educação física? E vocês todas de Bamba e eu de Conga? Aí fui convencida pela minha mãe que eu era a diferente da turma, pois só eu usava Conga, que as outras meninas eram iguais, se copiavam!!! (rsrsrs) A Lenira morava perto do Colégio e tinha a coleção de gibis da LILI, que eu adorava! Outra de nós que me lembro bem era Hele Loukides, excelente aluna, com uma mãe exigente e um pai grego que faleceu ela pequena ainda. A gente foi amiga até uns 20 anos atrás; depois, não soube mais dela. Morava no posto 2 de Copa, ia de bus do colégio também. E a Gloria, vizinha da Priscila, na Urca, vocês não viram mais? E a Liana, uma das melhores amigas de infância, que estudou no colégio só no Colegial para ficarmos mais próximas? Também perdi contato...E a Cicerina, que foi madrinha de casamento de Rachel? Morava na Belfort Roxo, em Copa, minha vizinha, eu morei na Barata Ribeiro, na época. Era um doce de pessoa. Aliás, o casamento de Rachel foi lindo, ela foi uma das noivas mais lindas que já vi na vida! Na Sta Margarida Maria, se não me engano... Eu já morava em Brasília e fui ao Rio só para assistir.Nadya era do grupo também, mas sumiu há anos, tínhamos alguns amigos em comum que também não a viram mais. Era bem magrinha, falava e andava calmamente, era tipo zen. Ana Cristina Guimarães, gaúcha, estou tentando encontrar. Era outro docinho. Perdeu uma irmã de acidente e a família se desestabilizou, voltou pro Sul. Era filha de militar também (como Liana e Cláudia Bia). Gostava de comemorar os nivers na Confeitaria Colombo. Haydée, minha cara, eu me lembro tanto de vc...Era muito alta, bonitona, mas na sua, não é? Bom, nós tínhamos nossos grupos, eram vários nas salas. O interessante é que todo mundo se dava superbem, eu acho...Não me lembro de “baixarias” como as dos filmes de escolas, as madres eram disciplinadoras, mas educadas e responsáveis, gostavam do que faziam. Interessante que, agora, vendo as fotos antigas, lembro bem de quase todas vcs que estão na lista agora. A Iná, também a achava bonitona, era muito alegre, e o pai era dono da RenTV, não era ela? Eu ficava curiosa de as pessoas alugarem tvs...Mas era comum à época, tanto quanto alugar telefones. Que tempos, heim?!!! Com Marina vivi algumas situações charmosas, ela pequenina andava de carro com motorista fardado, convidou-me umas vezes para seu niver , para brincar, para passear. Morava na Av. Rui Barbosa (não era?). Pouco tempo depois o irmão de minha mãe foi morar perto da gente, as minhas primas iam de Mercedes com motorista para o Colégio Jacobina, e eu pegava carona. Ah, era muito bom! (eu já tinha saído do bus do colégio e já ia no bus da rua!! 572 ou 584) Um ano depois, meu tio teve um baque financeiro e perdeu quase tudo; entretanto, manteve o motorista, seu Fernando, que passou a nos levar para o colégio de...Fusca!!! rsrsrs Bom, aí eu cometi o “pecado do orgulho” e pedia que ele me deixasse na esquina da 19 de fevereiro!!! Mas a folga acabou logo depois, quando meus tios se mudaram, ficaram ricos de novo algum tempo depois, cheguei a morar com eles na Vieira Souto, 208/901, por seis meses, qdo voltei de Washington, antes dos meus pais. Enfim, as lembranças vão se emaranhando a outras...De qualquer forma, acho que ainda lembro de muita coisa do colégio e estou adorando recuperar outras com vcs.
Silvia Sant'iago
Depoimento da Silvia Sant'iago
"Sou uma pessoa muito desmemoriada, sendo que em vários momentos é muito dificil eu juntar os nomes com as fisionomias das pessoas. Tem gente que se lembra de detalhes mínimos como a cor da roupa da pessoa e para mim é muito difícil. Só quando vão me contando as passagens é que aos poucos as lembranças vão se clareando.
A primeira coisa que me vem na lembrança sobre o Santo Amaro é o cheiro que o Colégio tinha. Logo que entrava, vinha aquele cheiro que só tinha lá. Não sei de onde vinha, mas talvez fosse da cera que aquelas moças passavam com um escovão. Tinha pena delas, pois eram pessoas sem família e que provavelmente eram exploradas, pois elas estavam sempre limpando, e o colégio era bem limpo. Não era um cheiro desagradável e sim um cheiro que me fazia reconhecer um lugar inconfundível.
Não tive afeto especial por nenhuma das freiras, pois achava que freira era uma pessoa estranha, pois não era nem homem nem mulher. Além disso, elas não cheiravam bem. Mas, a freira que mais me marcou, com certeza foi a Madre Angela. Ela me dava medo e frio na barriga só dela entrar em sala de aula. Eu era péssima em Matemática e ela ficava impaciente comigo. Sempre me dizia que eu deveria seguir o Clássico e jamais o Científico para ficar livre da Matemática. Quando chegou a prova para o Admissão, ela me deu uns pontos para eu passar de ano e seguir adiante. Foi assim que ela finalmente se livrou de mim ! E eu lhe sou eternamente agradecida. Segui os seus conselhos (não dava mesmo para fazer outra coisa) e fiz o Clássico, e me formei em Psicologia onde trabalho até hoje no meu consultório.
Interessante como aquela medalha mensal mexeu com muitas de nós. Para aquelas que nunca receberam (eu e minha amiga e parceira Haydée), para aquelas que recebiam e devolviam no mês seguinte e acredito para aquelas que sempre recebiam. O sucesso constante também tem um preço.
Algumas lembranças engraçadas ficaram guardadas em minha memória. Como na época em que a professora de matemática se casou. Logo na primeira aula depois que ela voltou da Lua de Mel a curiosidade sobre esse assunto era muito grande. Então, foi só ela sair da sala de aula que algumas garotas foram seguindo-a e reparando se ela estava andando com a perna aberta, pois era sinal de que havia transado muito. Isso tudo acompanhado de muito riso e brincadeira.
Outra lembrança, essa mais remota, foi numa aula de artes em que a professora pediu para que cada uma desenhasse um animal. Alguém (quem será ?) desenhou um ponto preto. A professora perguntou o que era aquilo e a aluna respondeu : "É uma pulga!". Foi imediatamente para fora de sala.
Lembro-me também de uma Feira de Ciencias que meu grupo resolveu passar hormônio num pintinho para crescer uma crista de galo. Não me lembro qual era o objetivo, mas lembro que o pintinho cresceu e virou um grande galo e que ficou morando na casa da Marcia Pestana que morava na Rua Sorocaba.
Outra coisa de que me lembro era de um professor de Filosofia chamado Ricardo Jardim (Isso já devia ser no Clássico) Esse professor era muito tímido e tínhamos algumas dúvidas de que ele seria gay. Então alguém (não me lembro quem) sentava-se na primeira fila e abria as pernas para ruborizar o rapaz. Na verdade não sei se isso aconteceu mesmo ou se só foi falado. Quem será essa ? Era tudo muito engraçado.
Observem que prestar atenção se a professora transou muito, pintinho que vira um galo grande, aluna que provoca o professor etc...essas coisas só aconteciam em colégios de freiras onde só haviam meninas. Quanto maior a repressão, maior são as fantasias (aqui falou a psicóloga).
E da exposição de bordados no final do ano ? Nunca conseguia terminar meus trabalhos e as freiras sempre acabavam para mim, para dar tempo de ainda fazer parte da exposição. Na minha casa tinha muito saquinho de pão e toalhinha bordada um pouco por mim e terminado pelas freiras.
Também tivemos um professor de Português (acho que o nome dele era Igor) que tinha algumas idéias estranhas e que foi afastado do Colégio pois diziam que ele era comunista. Naquela época qualquer um que tivesse algumas idéias diferentes eram tachados de comunista.
E por fim "A Clausura das Freiras". Quem não tinha curiosidade de saber como elas viviam ? Quantas fantasias fazíamos a respeito disso! Alguém tentou entrar lá ? Certa vez fui com algumas ( não me lembro quem) tentar entrarmos lá, pela escada perto da capela mas fomos barradas. Tudo muito misterioso e que aguçava muito a nossa imaginação.
Ah! Colégio Santo Amaro ! Quantas coisas passamos ali! Boas e ruins. Engraçadas e absurdas, mas que com toda certeza marcaram muito em todas nós. E agora estamos tendo a oportunidade de recordar cada passagem que vivemos juntas, como se estivéssemos montando uma colcha de retalhos. Cada uma traz o seu pedacinho de lembrança.
Fizemos a nossa história ali e com certeza o que somos hoje, deve-se muito às nossas experiências vividas naquele Colégio tão bonito, comandadas por aquelas freiras, que pelo modo de vida delas estavam tão longe de poder passar experiências de vida, mas que nos ajudaram a questionar o certo e o errado e que nos passaram valores éticos tão distantes dos colégios e dos lares de hoje em dia.
Por isso temos mesmo que cantar : "Glória e Louvor a Santo Amaro Nesse Colégio Protetor... Ele que é Nosso Guarda e Amparo.................."
A primeira coisa que me vem na lembrança sobre o Santo Amaro é o cheiro que o Colégio tinha. Logo que entrava, vinha aquele cheiro que só tinha lá. Não sei de onde vinha, mas talvez fosse da cera que aquelas moças passavam com um escovão. Tinha pena delas, pois eram pessoas sem família e que provavelmente eram exploradas, pois elas estavam sempre limpando, e o colégio era bem limpo. Não era um cheiro desagradável e sim um cheiro que me fazia reconhecer um lugar inconfundível.
Não tive afeto especial por nenhuma das freiras, pois achava que freira era uma pessoa estranha, pois não era nem homem nem mulher. Além disso, elas não cheiravam bem. Mas, a freira que mais me marcou, com certeza foi a Madre Angela. Ela me dava medo e frio na barriga só dela entrar em sala de aula. Eu era péssima em Matemática e ela ficava impaciente comigo. Sempre me dizia que eu deveria seguir o Clássico e jamais o Científico para ficar livre da Matemática. Quando chegou a prova para o Admissão, ela me deu uns pontos para eu passar de ano e seguir adiante. Foi assim que ela finalmente se livrou de mim ! E eu lhe sou eternamente agradecida. Segui os seus conselhos (não dava mesmo para fazer outra coisa) e fiz o Clássico, e me formei em Psicologia onde trabalho até hoje no meu consultório.
Interessante como aquela medalha mensal mexeu com muitas de nós. Para aquelas que nunca receberam (eu e minha amiga e parceira Haydée), para aquelas que recebiam e devolviam no mês seguinte e acredito para aquelas que sempre recebiam. O sucesso constante também tem um preço.
Algumas lembranças engraçadas ficaram guardadas em minha memória. Como na época em que a professora de matemática se casou. Logo na primeira aula depois que ela voltou da Lua de Mel a curiosidade sobre esse assunto era muito grande. Então, foi só ela sair da sala de aula que algumas garotas foram seguindo-a e reparando se ela estava andando com a perna aberta, pois era sinal de que havia transado muito. Isso tudo acompanhado de muito riso e brincadeira.
Outra lembrança, essa mais remota, foi numa aula de artes em que a professora pediu para que cada uma desenhasse um animal. Alguém (quem será ?) desenhou um ponto preto. A professora perguntou o que era aquilo e a aluna respondeu : "É uma pulga!". Foi imediatamente para fora de sala.
Lembro-me também de uma Feira de Ciencias que meu grupo resolveu passar hormônio num pintinho para crescer uma crista de galo. Não me lembro qual era o objetivo, mas lembro que o pintinho cresceu e virou um grande galo e que ficou morando na casa da Marcia Pestana que morava na Rua Sorocaba.
Outra coisa de que me lembro era de um professor de Filosofia chamado Ricardo Jardim (Isso já devia ser no Clássico) Esse professor era muito tímido e tínhamos algumas dúvidas de que ele seria gay. Então alguém (não me lembro quem) sentava-se na primeira fila e abria as pernas para ruborizar o rapaz. Na verdade não sei se isso aconteceu mesmo ou se só foi falado. Quem será essa ? Era tudo muito engraçado.
Observem que prestar atenção se a professora transou muito, pintinho que vira um galo grande, aluna que provoca o professor etc...essas coisas só aconteciam em colégios de freiras onde só haviam meninas. Quanto maior a repressão, maior são as fantasias (aqui falou a psicóloga).
E da exposição de bordados no final do ano ? Nunca conseguia terminar meus trabalhos e as freiras sempre acabavam para mim, para dar tempo de ainda fazer parte da exposição. Na minha casa tinha muito saquinho de pão e toalhinha bordada um pouco por mim e terminado pelas freiras.
Também tivemos um professor de Português (acho que o nome dele era Igor) que tinha algumas idéias estranhas e que foi afastado do Colégio pois diziam que ele era comunista. Naquela época qualquer um que tivesse algumas idéias diferentes eram tachados de comunista.
E por fim "A Clausura das Freiras". Quem não tinha curiosidade de saber como elas viviam ? Quantas fantasias fazíamos a respeito disso! Alguém tentou entrar lá ? Certa vez fui com algumas ( não me lembro quem) tentar entrarmos lá, pela escada perto da capela mas fomos barradas. Tudo muito misterioso e que aguçava muito a nossa imaginação.
Ah! Colégio Santo Amaro ! Quantas coisas passamos ali! Boas e ruins. Engraçadas e absurdas, mas que com toda certeza marcaram muito em todas nós. E agora estamos tendo a oportunidade de recordar cada passagem que vivemos juntas, como se estivéssemos montando uma colcha de retalhos. Cada uma traz o seu pedacinho de lembrança.
Fizemos a nossa história ali e com certeza o que somos hoje, deve-se muito às nossas experiências vividas naquele Colégio tão bonito, comandadas por aquelas freiras, que pelo modo de vida delas estavam tão longe de poder passar experiências de vida, mas que nos ajudaram a questionar o certo e o errado e que nos passaram valores éticos tão distantes dos colégios e dos lares de hoje em dia.
Por isso temos mesmo que cantar : "Glória e Louvor a Santo Amaro Nesse Colégio Protetor... Ele que é Nosso Guarda e Amparo.................."
Silvia, se minha memória não falha...
..quem desenhou a tal pulga foi a Regina Almeida !!!
Haydée escreveu sobre o depoimento da Silvia
Lindoooooooooooooooooooooooooooo !!!
Fiquei arrepiadíssima com seu relato.
Voltei no tempo. Sentia as mesmas emoções que você descreveu.
Sentia e achava que era só eu.
Naquela época eu não falava muito sobre mim. Eu não falava pois não parava para refletir sobre minhas emoções.
Eu apenas vivia cada minuto de minha vida.
Coisa de criança mesmo, né Silvia ? Numa hora feliz, na outra triste ou magoada, e logo a seguir feliz de novo, e assim por diante.
Muito obrigada pela sua excelente contribuição.
Conforme vc mesma disse: estamos montando uma colcha de retalhos, através de nossas memórias.
Isso tem me sensibilizado bastante. Volto a falar: estou me integrando, cada vez mais, comigo mesma.
É um privilégio.
O processo, às vezes, é assaz doloroso, mas sei que é importantíssimo.
Para algumas, lembranças do passado doem mais, para outras doem menos e para algumas não doem (devem ser aves raras).
Possuo várias lembranças: doloridas e alegres.
Sei que sentir isso é saudável. Faz parte da existência do ser humano !!
Mas o mais importante são as pazes que estou fazendo comigo, minha vida e com os que participaram de minhas lições e de meu crescimento.
Fiquei arrepiadíssima com seu relato.
Voltei no tempo. Sentia as mesmas emoções que você descreveu.
Sentia e achava que era só eu.
Naquela época eu não falava muito sobre mim. Eu não falava pois não parava para refletir sobre minhas emoções.
Eu apenas vivia cada minuto de minha vida.
Coisa de criança mesmo, né Silvia ? Numa hora feliz, na outra triste ou magoada, e logo a seguir feliz de novo, e assim por diante.
Muito obrigada pela sua excelente contribuição.
Conforme vc mesma disse: estamos montando uma colcha de retalhos, através de nossas memórias.
Isso tem me sensibilizado bastante. Volto a falar: estou me integrando, cada vez mais, comigo mesma.
É um privilégio.
O processo, às vezes, é assaz doloroso, mas sei que é importantíssimo.
Para algumas, lembranças do passado doem mais, para outras doem menos e para algumas não doem (devem ser aves raras).
Possuo várias lembranças: doloridas e alegres.
Sei que sentir isso é saudável. Faz parte da existência do ser humano !!
Mas o mais importante são as pazes que estou fazendo comigo, minha vida e com os que participaram de minhas lições e de meu crescimento.
Haydée
Haydée:
Uau, Naza...vc lembrou disso...que coisa. Eu nem imaginava que existia isso, dos desmaios. Caramba....Me lembro do jejum...eu ficava doida pra missa acabar pra poder comer. Alma de gorda desde cedo...hahahahaha
beijão
beijão
Iná Valéria
Depoimento da Iná Valéria
Queridas amigas,tenho pena porque não posso olhar com frequência nosso blog.Mas hoje li o depoimento da Silvia, é muito legal relembrar tudo isso, faz com que voltemos num tempo gostoso em que não possuíamos preocupações a não ser o que fazer nos fins de semana, o que usar, enfim tudo o que as adolescentes inquietas pensavam. Ah que tempo bom!!!! Me lembro que o Kiko saia da Gama Filho e passava buzinando na rua do colégio. Quando eu escutava, pedia licença dizendo que estava com dor de barriga e saia correndo pro banheiro, subia no vaso só pra dar um tchauzinho pra ele. Alguém lembra disso. Isso sim que era tempo e cada depoimento nos faz relembrar devagarinho em nossa memória e em nossos corações e saber que tudo foi muito bom MESMO! TUDO VALEU A PENA!
É isso ! Só queria deixar registrado a alegria de relembrar tudo que de alguma maneira passamos juntas.
Beijinhos Iná
Nazaré Geber
Nazaré:
Alguém falou da missa que tínhamos 1 vez por mês em que usávamos uniforme de gala ?Naquela época o Vaticano obrigava o jejum de algumas horas para poder comungar, então a gente ia para a missa sem lanchar. Resultado, toda missa sempre tinha alguém que desmaiava. A gente ouvia aquele baque...pronto alguém desmaiou... Imagina no verão, blusa de manga comprida, boina e sem comer....
Leyde Hennig
Leyde Hennig
hahaha.. Gente, não me lembro disso não!!... Eu ficava esperando a hora do recreio... Aqueles pães-dôces..Cheios de creme amarelinho......huuuummm...Bom demais...
Fernanda:
Eu estou IMPRESSIONADA com a sua memória, Cristina.Eu lembro muuuito sabe de quem? Do professor Igor, vcs se lembram? Eu acho que eu fui apaixonada por ele, não é possível que eu lembre detalhadamente das suas aulasrsrsrs
Fernanda:
Calma Mercedes, eu estava assim também, agora é que estou entendendo um pouco melhor. Tá morando fora?BjssssssssssGente, vcs lembram de um caderno que a gente fazia que tinha uma pergunta em cada folha e a gente respondia, tipo: qual a cor preferida, qual o seu signo e lá no meio...voce já beijou? Eu sei de gente que mentia...nem vou dizer o nome...
Mercedes:
Gente , eu acho que estou muuuito caduca. Não me lembro de nada... Tenho fotos da formatura de clássico ( moderno, né?) Vou ver se acho e depois eu mando... beijo
Cris Barros
Cristina:
Realmente, minha memória AINDA é mto boa! rsrs...Mas Fernanda, esse professor Igor, não lembro não...foi depois do ginásio?Porque eu saí qndo terminei o ginásio em 71.Me lembro do Professor Ernâni, de Matemática, na 3ª série ginasial, foi a única vez que fiz prova final...e minha mãe estava super preocupada...rsrs...não esqueço disso...mas ele era fogo! Tipo rigido mesmo...Vc lembra?Bjos!
Fernanda, sabe que tomei conhecimento desse tal caderninho , há pouco tempo?Participo de uma Comunidade no orkut, e em algum tópico, o pessoal falou disso...Engraçado que os cariocas, a maior parte, nunca havia ouvido falar...nem eu!Achava que por aqui não rolava, mas minha filha disse que ela e as amigas faziam , mas com 9, 10 anos...Eu lembro que fazia na aula TENOBAC, PACAIO, alguém lembra ?Bjos a todas!
Danuza Betz
Danuza:
Eu me lembro do professor Regina de Português, acho que o Igor tb era de Português ou será que era Leo que mandava ler o caderno especial do JB (aprendi a amar ler jornal nessa época)Esses professores foram do tempo do Tadeu que fez uma revolução com as freiras.Falando nisso , encontrei o Prof Sergio de Biologia me fez anotar o telefone da filha para possíveis encontros com as turmas . Acho que ele tb deixou mta gente apaixonada.Bjos Dan
Priscila Mesquita
Priscila Mesquita:
Meninas !!!As vezes acho que não estudei no mesmo colégio.Professor Ricardo, quem é???Professora Maria Luiza de história, a professora de história que me lembre foi a Maria Lúcia, que a encontrei aqui no Botafogo praia shopping no final do ano passado.Lembro do Prof. Igor, do Prof. Tadeu.
Danuza Betz
Danuza escreveu pra Priscila
Estou com vc Prof Ricardo nunca vi. Prof Regina de Português e o Prof Sergio de Biologia .
Bjs Dan
Bjs Dan
Cris Barros
Priscila, há qnto tempo te falo que a professora de História era D. Maria Luiza!Era sim, e ela mora aqui no Leblon, pertinho de mim...Fazia Academia na Yara Vaz, mas há tempos não a vejo.Sempre que a gente se encontrava, conversávamos bastante...Pelo menos no ginásio era ela que nos dava aula de História!Bjkas!
Bia escreveu:
Maria Lúcia era História Geral... Maria Luiza era História do Brasil.
Cris Barros:
Bia, mas no ginásio era só Maria Luiza!Quem saiu de lá como eu, só conheceu Maria Luiza!
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